Era só uma confusão...

Já há alguns dias que não podia escrever uma só palavra. Não tinha palavras que pudessem descrever o que eu sentia. Já não podia, já não queria saber o que era todo aquele sentir em mim. Existia o medo de saber, de pensar o que tudo aquilo poderia causar-me, poderia trazer-me. Mas não podia deixar de o sentir.

Era uma dor misturada com uma felicidade, era um medo misturado com uma coragem, era um amor misturado com ódio, era uma verdade misturada com uma mentira, era sucesso misturado com fracasso, era, e talvez ainda seja, a coisa mais estranha que já alguma vez senti.
Movi pensamentos para que ficassem distantes de tudo isto, ligados só às partes boas desta minha história.
No fim desta movimentação, já quase incontrolável, voltei às minhas próprias palavras e vi que já não dava mais para movimentar pensamentos, fugindo dos meus próprios sentimentos, das minhas verdades, e tinha que sentir verdadeiramente tudo isto e viver... Senti. Vivi.

Senti algo, que já não sentia há algum tempo. O alívio.
Tirei de mim o sentimento que quanto mais fugia, não percebia que mais o sentia. O medo. E quando o encarei, tudo mudou. Tudo passou.
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Sem medo, vi, descobri o que me provocava tanta aflição, tanto medo.Era só uma confusão... No meu pensamento, no meu coração.

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